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Literature Review

Metaphor Comprehension by ASD Individuals: An Integrative Review

Isabel Cony

Universidade Federal do Rio Grande do Sul image/svg+xml

https://orcid.org/0009-0002-7143-4394


Keywords

Autism spectrum disorder
Metaphor
Literature Review

Abstract

This paper presents an integrative review of studies on metaphorical comprehension by individuals diagnosed with ASD published by Brazilian researchers. Our aim is to subsidize future psycholinguistic-based experimental research on the use and comprehension of metaphors by these individuals. We conducted our search for articles in three Brazilian reference databases – Portal de Periódicos da CAPES, Scopus and Scielo – through the advanced search tool, and selected papers that presented the terms metaphor and autism. In total, only 3 articles were found that met the established criteria. For each article, the following were analyzed: definition of metaphor, definition of autism spectrum disorder (ASD) and/or autism and the theoretical perspective adopted by the researchers. The results show that there is an urgent need to develop research in this field to better understand this phenomenon and develop proposals for interventions that contribute to the quality of life of people diagnosed with ASD.

Resumo para não especialistas

Algumas vezes, dizemos as coisas que queremos diretamente, como quando dizemos “Carol está feliz”. No entanto, também podemos dizer a mesma coisa de outra forma, como na frase “Carol está se sentindo para cima”. Nessa segunda frase, utilizamos o que chamamos de metáfora. Algumas pessoas, como aquelas diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA), podem ter certa dificuldade para entender essa segunda frase, e não compreender que quando dizemos “para cima” estamos querendo dizer “feliz”. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão de estudos que investigam como pessoas com TEA entendem metáforas para verificar se algum(s) deles realizou/realizaram um experimento na área da Psicolinguística com falantes nativos de português brasileiro. Para isso, foi feita uma pesquisa em três bases de dados virtuais que reúnem artigos brasileiros, o Portal de Periódicos da CAPES, o Scopus e o Scielo. Encontramos um total de três artigos que se encaixam no estudo e, para cada um deles, buscamos saber como cada um definiu metáfora e em quais teorias eles se basearam. A partir dos resultados encontrados, percebemos que mais estudos na área são necessários, e que esses estudos podem, no futuro, contribuir para a qualidade de vida de pessoas diagnosticadas com TEA.

Introdução

A edição mais recente do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) inclui o autismo no grupo dos transtornos do neurodesenvolvimento, os quais compreendem transtornos que se manifestam precocemente no período de desenvolvimento de um indivíduo – normalmente, antes do ingresso escolar – e acarretam prejuízos em contextos pessoais, sociais, acadêmicos e/ou profissionais (American Psychiatric Association, 2014). Em relação ao transtorno do espectro autista (TEA), o DSM-5 caracteriza o quadro a partir de “déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos” (APA, 2014, p. 31). Para além do comprometimento na comunicação social, esses indivíduos também apresentam padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades (APA, 2014).

Embora a primeira descrição do que hoje se entende comumente por autismo seja relativamente recente em termos históricos – tendo ocorrido apenas em 1943, quando o psiquiatra Leo Kanner publicou o artigo Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo [Autistic Disturbances of Affective Contact] (Grandin; Panek, 2015) –, com o passar dos anos, o transtorno foi recebendo cada vez mais atenção sobretudo do ambiente acadêmico, que busca investigar o quadro a partir de diferentes áreas do conhecimento e com diferentes objetivos.

Na área da Linguística, diversos estudos teóricos e experimentais realizados sobretudo em língua inglesa abordam a compreensão de linguagem figurada por indivíduos com TEA a partir de inúmeras frentes e chegando a diferentes conclusões (Kalandadze et al., 2018; Kalandadze et al., 2021; Pastor-Cerezuela et al., 2020; Siqueira; Marques; Gibbs, 2016; Rundblad; Annaz, 2009, Vicente; Falkum, 2023). Entre esses estudos, apesar das diferentes metodologias e construtos teóricos, há um consenso de que populações TEA apresentam um comprometimento significativo em comparação a populações com desenvolvimento típico na compreensão de enunciados com sentido figurado, como metáforas.

Da mesma maneira, diferentes estudos de revisão de literatura já foram realizados com o objetivo de mapear os achados das pesquisas realizadas na área. Siqueira, Marques e Gibbs (2016) conduziram uma revisão crítica da literatura de 38 estudos experimentais de base psicolinguística que investigaram a compreensão de linguagem figurada em populações clínicas, como o TEA. Os resultados encontrados apontaram para a ausência de definições claras em relação ao que se entende por metáfora e os demais fenômenos linguísticos estudados, bem como uma significativa variedade de métodos utilizados nas investigações. Em 2022, Nicodemos, Rêgo e Leite realizaram uma revisão de literatura semelhante, mas apenas em relação ao TEA, com o objetivo de investigar estudos publicados posteriormente à análise de Siqueira, Marques e Gibbs (2016). Em ambas as revisões, todos os estudos analisados foram publicados em inglês, e nenhum deles incluiu falantes nativos de português brasileiro.

Com o intuito de, futuramente, desenvolver um estudo experimental de base psicolinguística sob os construtos teóricos da Linguística Cognitiva acerca da compreensão de metáforas por falantes nativos de português brasileiro diagnosticados com TEA, esta pesquisa busca verificar a existência de estudos experimentais de mesma natureza e que tenham o mesmo objetivo. Para tanto, realizou-se uma revisão integrativa de estudos publicados por pesquisadores/as brasileiros/as referentes à compreensão metafórica por estes indivíduos. Buscou-se compreender quais as perspectivas teóricas adotadas por esses estudos e as definições de metáfora que vêm balizando as pesquisas desenvolvidas sobre o assunto no Brasil. A escolha pelo emprego de uma revisão integrativa se deve ao fato de esta possuir um caráter mais abrangente, possibilitando a combinação de estudos de natureza variada e dando conta de uma multiplicidade de propósitos (Souza; Silva; Carvalho, 2010), como foi o caso deste estudo.

1. Metodologia

A busca por artigos se deu através de três bancos de dados de referência que contam, em seu acervo, com publicações brasileiras – Portal de Periódicos da CAPES, Scopus e Scielo –, por meio de uma pesquisa avançada a partir dos termos metáfora e autismo ou transtorno do espectro autista. Como critério de inclusão, foram considerados apenas artigos escritos em português brasileiro cujas pesquisas estejam inseridas no campo da Linguística, publicados tanto em periódicos nacionais quanto estrangeiros, assegurando-se de que os trabalhos tenham sido redigidos em português brasileiro e os/as pesquisadores/as estivessem desenvolvendo a pesquisa em um contexto nacional com falantes nativos de português brasileiro. Diferentemente de Siqueira, Marques e Gibbs (2016), artigos referenciados não foram incluídos, mesmo que estes cumprissem os critérios de análise, uma vez que a intenção foi considerar apenas os resultados fornecidos pelos bancos de dados consultados. Ainda, foram incluídos apenas trabalhos que passaram por revisão por pares, como forma de assegurar a qualidade dos artigos analisados. Para cada artigo, foram analisadas a definição de metáfora e a perspectiva teórica adotada.

2. Resultados

De um total de apenas 9 resultados encontrados em uma busca inicial, somente 3 estudos cumpriram todos os pré-requisitos para serem incluídos na pesquisa, conforme demonstra a Figura 1. Destaca-se que a única pesquisa que se enquadrou nos critérios elencados no presente estudo encontrada nos bancos de dados Scielo e Scopus se refere ao mesmo artigo. Ainda, essa mesma pesquisa se repetiu nos resultados da busca realizada no Portal de Periódicos da CAPES. Nesse sentido, o total supracitado de 3 artigos se refere ao total encontrado após uma exclusão de estudos repetidos.

Figure 1. Figura 1. Fluxograma de busca por artigos. Fonte: elaborada pela autora.

Figure 2. Tabela 1. Relação dos artigos analisados. Fonte: elaborada pela autora.

O artigo “A especificidade da compreensão metafórica em crianças com autismo”, das autoras Viviane de Leon, Maity Siqueira, Maria Alice Parente e Cleonice Bosa, foi publicado em 2007 na Revista PSICO, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). O estudo tem como objetivo discutir a hipótese, a partir de uma revisão bibliográfica de estudos sobre os temas abordados, de que a dificuldade de compreensão de sentidos figurados por indivíduos diagnosticados com TEA reside no fato de que estes apresentam uma “incapacidade de incluir o contexto e/ou a intenção do outro na interpretação de um enunciado com sentido figurado” (Leon et al., 2007, p. 269).

O trabalho de pesquisa “Ecolalia e gestos no autismo: reflexões em torno da metáfora enunciativa”, de autoria de Isabela Barbosa do Rêgo Barros, Renata Fonseca Lima da Fonte e Ana Fabrícia Rodrigues de Souza, por sua vez, foi publicado em 2020 na revista Forma y Función, vinculada ao Departamento de Linguística da Universidade Nacional da Colômbia. A partir da hipótese de que a ecolalia – distúrbio do desenvolvimento da fala bastante comum em pessoas com TEA caracterizado pela repetição de palavras ou sentenças proferidas por outrem – é um processo “pertencente ao campo da metáfora a partir de sua relação com o gesto e com o contexto enunciativo” (Barros; Fonte; Souza, 2020, p. 173), as autoras conduziram um estudo de caso em que investigaram a produção linguística de uma criança de 7 anos diagnosticada com TEA.

Por fim, o trabalho de pesquisa de autoria de Alex Bezerra Leitão, “Autismo e metáforas multimodais: impacto discursivo de ações e de concepções capacitistas”, foi publicado em 2022 na revista Travessias Interativas, vinculada ao Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal de Sergipe. O artigo também consistiu em um trabalho experimental e investigou o impacto discursivo de (co)construções metafórico-multimodais em concepções capacitistas por vezes adotadas em relação a população TEA (Leitão, 2022). A pesquisa envolveu discussões com 4 adultos diagnosticados com TEA para entender como estes percebiam um dado texto multimodal que abordava a temática do autismo.

Nas subseções a seguir, serão analisadas a perspectiva teórica adotada por cada estudo, bem como as definições de metáfora destes. A análise dos trabalhos será feita em ordem cronológica de publicação.

2.1. Bases teóricas

No estudo desenvolvido por Leon et al. (2007), as autoras afirmam, ainda na introdução do trabalho, partir da perspectiva apresentada pelo paradigma teórico da Linguística Cognitiva (LC), com destaque para a Teoria da Metáfora Conceitual (TMC) proposta por Lakoff e Johnson em 1980 (Lakoff; Johnson, 2003 [1980]) – empregada pelas autoras em sua definição de metáfora, como será abordado na próxima subseção.

Partindo de uma outra corrente dos estudos linguísticos, as autoras Barros, Fonte e Souza afirmam, em sua introdução, terem como embasamento teórico a Teoria Enunciativa – ou Teoria da Enunciação – de Émile Benveniste. Para definir ecolalia e fundamentar a hipótese de que esta pertence ao campo da metáfora, as pesquisadoras também fazem referência a estudos desenvolvidos sob o ponto de vista da Psicanálise.

Já Leitão (2022) expõe que sua intenção foi a de propor uma aproximação entre diferentes teorias, quais sejam: “a ADC [Análise do Discurso Crítica], a Teoria da Metáfora Conceptual (TMC), a multimodalidade e os estudos sociointeracionais, visando ao encontro de perspectivações discursivo-semânticas dessas áreas híbridas” (Leitão, 2022, p. 142). Nesse sentido, a investigação do autor se diferencia bastante dos demais artigos no sentido de que não parte de um único paradigma teórico, mas promove uma interface entre estudos discursivos, semântico-cognitivos e pragmáticos (Leitão, 2022).

2.2. Definição de metáfora

Leon et al. (2007) definem metáfora a partir da perspectiva da LC. As autoras adotam a abordagem experiencialista da TMC, que postula que o fenômeno da metáfora é um mecanismo cognitivo que consiste em “compreender e experienciar um tipo de coisa em termos de outra” (Lakoff; Johnson, 1980, p. 5 apud Leon et al., 2007, p. 270). Em outras palavras, “as metáforas são consequências naturais e talvez inevitáveis da interação entre nossos aparatos físicos e cognitivos e nossa experiência no mundo” (Grady, 1997 apud Leon et al., 2007, p. 271), e o processo metafórico ocorre quando “um domínio experiencial é parcialmente projetado, ou mapeado, em um domínio experiencial diverso, de modo que o segundo domínio seja parcialmente entendido em termos do primeiro” (Barcelona, 2000 apud Leon et al., 2007, p. 270). Vale destacar que as autoras complementam a discussão mencionando teorias que se seguiram à TMC, como a Teoria das Metáforas Primárias de Grady e a Teoria da Relevância de Sperber e Wilson. Contudo, a definição de metáfora em si é aquela proposta pela TMC.

Barros, Fonte e Souza (2020), por outro lado, apresentam uma série de definições para o conceito de metáfora. Em determinado momento, as autoras, ao defenderem a hipótese da ecolalia como “um fenômeno de linguagem de ordem metafórica”, explicam que isso é possível uma vez que esse tipo de fala “traz um novo sentido diferente daquele que seria transparente ao enunciado proferido” (Barros; Fonte; Souza, 2020, p. 176, grifos nossos). Mais adiante no texto, elas recuperam estudos de base psicanalítica que também entendem a fala ecolálica como metafórica e definem o fenômeno como um processo de “substituição de um significante pelo outro”; a metáfora, portanto seria possível “desde que houvesse um deslize, momento este em que significado e significante não estariam atados” (Malta, 2006 apud Barros; Fonte; Souza, 2020, p. 178, grifos nossos). Finalmente, a partir dessas discussões, as autoras apresentam o conceito de Metáfora Enunciativa, concebido por Benveniste e que, conforme as autoras, ocorre no discurso através de um processo de transferência analógica,

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[...] ou seja, ocorre um deslocamento que comporta uma similaridade dentro do discurso [...]. A partir desse contexto, compreendemos a metáfora como uma transferência de similitude que ocorre no discurso, atribuindo outra denominação (Barros; Fonte; Souza, 2020, p. 180, grifos do autor).

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De forma similar a Leon et al. (2007), Leitão (2022) também faz referência à TMC, e afirma que seu entendimento está em consonância com a concepção de Lakoff e Johnson (2003 [1980]). Contudo, alinhado à sua proposta de promover uma interface entre diferentes estudos, o autor amplia essa concepção e a complementa com a noção de metáfora socialmente situada apresentada por Solange Vereza:

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Ainda de acordo com Vereza (2017, p. 568), a distinção entre metáforas conceptuais e metáforas socioculturalmente situadas é relevante porque ‘implica questões sobre a convencionalidade, a disseminação sociocognitiva e discursiva e o grau de deliberalidade e/ou consciência no uso da metáfora’, que evocam operacionalizações ideológicas que se instanciam, por meio de práticas sociais, em estruturas sociais (Fairclough, 2003, 2006) catalizadoras de orientações econômicas, políticas, culturais, sociais e, inclusive, da tipicidade humana biopsicossocia (Leitão, 2022, p. 146).

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Embora não consista exatamente em uma definição de metáfora, vale destacar que a investigação do pesquisador considerou também as chamadas metáforas multimodais, que incluem “a análise metafórica da linguagem não-verbal” (Forceville, 1988 apud Leitão, 2022, p. 144), e a noção de convergência modal, que é “resultante da sobreposição dos modos verbal, imagético e da cor na construção de domínios fonte e alvo dessas metáforas” (Sperandio, 2015 apud Leitão, 2022, p. 145).

3. Discussão dos resultados

A descoberta mais significativa desta revisão foi a carência de informações referentes à compreensão metafórica por indivíduos TEA desenvolvidos em âmbito nacional. Em uma pesquisa realizada nos principais bancos de dados que disponibilizam pesquisas brasileiras, apenas 3 artigos atenderam a todos os critérios de inclusão – terem sido escritos em português brasileiro, serem estudos desenvolvidos na área da Linguística e terem sido revisados por pares.

No que diz respeito à metodologia de pesquisa adotada, constatou-se que apenas 2 estudos consistiram em pesquisas experimentais; porém, nenhum teve como objetivo primeiro investigar a compreensão de metáforas por falantes nativos de português brasileiro diagnosticados com TEA. Com relação à fundamentação teórica destes, enquanto 1 estudo buscou promover uma interface entre diferentes paradigmas teóricos, sendo um deles o da Linguística Cognitiva, o outro adotou como paradigma teórico a Teoria da Enunciação. Por fim, nenhum dos estudos experimentais foi realizado na área da Psicolinguística.

Além da significativa escassez de dados em relação ao objeto-foco deste estudo, os achados desta investigação evidenciam a necessidade premente de se desenvolverem pesquisas neste campo no sentido de melhor compreender esse fenômeno, de forma a oferecer suporte para a elaboração de propostas de intervenção clínicas e/ou educacionais que contribuam para a qualidade de vida de indivíduos diagnosticados com TEA falantes de português brasileiro. Tal lacuna, conforme demonstrado pelo presente estudo, configura um campo fértil para a realização de pesquisas futuras nessa área.

4. Consideraçõies finais

A partir da análise de 3 artigos publicados por pesquisadores/as brasileiros/as, a presente revisão teve como objetivo verificar a existência de estudos experimentais de base psicolinguística realizados em âmbito nacional que investigam a compreensão de metáforas por pessoas com TEA falantes nativas de português brasileiro, de modo a realizar um diagnóstico desse cenário no âmbito nacional.

A revisão bibliográfica constatou que, a par da quantidade de dados existentes na literatura acadêmica em língua inglesa (Siqueira; Marques; Gibbs, 2016; Nicodemos; Rêgo; Leite, 2022), ainda há importante lacuna a ser preenchida no que tange a estudos experimentais dessa natureza com sujeitos TEA falantes nativos de português brasileiro, necessárias à elaboração de metodologias de intervenções clínicas e educativas que contribuam para a qualidade de vida desses indivíduos.

Uma sugestão para pesquisas futuras que visem a reunir bibliografia de pesquisadores/as brasileiro/as sobre o assunto é efetuar buscas em repositórios de Universidades e outras instituições de Ensino Superior, ampliando o corpus para abranger trabalhos que não tenham gerado artigos publicados em periódicos científicos, como teses e dissertações.

Informações Complementares

Conflito de Interesse

O(s) autor(es) declara(m) não haver conflito de interesses.

Declaração de Disponibilidade de Dados

O compartilhamento de dados não é aplicável a este artigo, pois nenhum dado novo foi criado ou analisado neste estudo.

Referências

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BARROS, Isabela Barbosa do Rêgo; FONTE, Renata Fonseca Lima da; SOUZA, Ana Fabrícia Rodrigues de. Ecolalia e gestos no autismo: reflexões em torno da metáfora enunciativa. Forma y Función, Bogotá, v. 33, n. 1, p. 173-189, jan./jun. 2020.

GRANDIN, Temple; PANEK, Richard. O cérebro autista: Pensando através do espectro. Tradução de Cristina Cavalcanti. Rio de Janeiro: Editora Record, 2015.

KALANDADZE, Tamara et al. Figurative language comprehension in individuals with autism spectrum disorder: A meta-analytic review. Autism, London, v. 22, n. 2, p. 99-117, 2018.

KALANDADZE, Tamara et al. Metaphor Comprehension in Individuals with Autism Spectrum Disorder: Core Language Skills Matter. Journal of Autism and Developmental Disorders, v. 52, p. 316-326, 2021.

LAKOFF, George; JOHNSON, Mark. Metaphors we live by. Chicago: University of Chicago Press, 2003 [1980].

LEITÃO, Alex Bezerra. Autismo e metáforas multimodais: impacto discursivo de ações e de concepções capacitistas. Travessias Interativas, São Cristóvão, n. 25, v. 12, p. 141-154, jan./abr. 2022.

LEON, Viviane Costa de; SIQUEIRA, Maity; PARENTE, Maria Alice; BOSA, Cleonice. A especificidade da compreensão metafórica em crianças com autismo. Revista PSICO, Porto Alegre, v. 38, n. 3, p. 269-277, 2007.

NICODEMOS, Henrique Araújo; RÊGO, Flávia Luíza Costa do; LEITE, Jan Edson Rodrigues. Compreensão de metáforas por sujeitos com transtorno do espectro do autismo em fase de aquisição de linguagem. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FONOAUDILOGIA, 30., João Pessoa, 2022. Anais [...]. João Pessoa: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2022.

PASTOR-CEREZUELA, Gemma et al. Metaphor comprehension in children with and without autism spectrum disorder. Research in Autism Spectrum Disorders, USA, v. 76, p. 1-11, Aug. 2020.

RUNDBLAD, Gabriella; ANNAZ, Dagmara. The atypical development of metaphor and metonymy comprehension in children with autism. Autism, Londres, v. 14, n. 1, p. 29-46, 2010.

SIQUEIRA, Maity; MARQUES, Daniela Fernandes; GIBBS JR., Raymond W. Metaphor-related figurative language comprehension in clinical populations: a critical review. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 20, n. 40, p. 36-60, 2016.

SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michelly Dias da; CARVALHO, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, São Paulo, v. 8, n. 1, jan./mar. 2010.

VICENTE, Augustín; FALKUM, Ingrid Lossius. Accounting for the preference for literal meanings in autism spectrum conditions. Mind & Language, Nova Jersey, v. 38, p. 119-140, 2023.

Avaliação

DOI: https://doi.org/10.25189/2675-4916.2024.V5.N2.ID736.R

Decisão Editorial

EDITOR: Lilian Cristine Hübner

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7876-2211

FILIAÇÃO: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.

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CARTA DE DECISÃO: O artigo apresenta uma revisão integrativa de estudos publicados no Brasil versando sobre a compreensão de metáforas por pessoas com diagnóstico de transtorno de espectro autista (TEA). A literatura aponta que pessoas com o transtorno podem apresentar dificuldade na compreensão de metáforas. O artigo busca verificar se há estudos nacionais de base psicolinguística que tenham versado sobre esta temática. Assim sendo, o artigo pode ser de interesse a pesquisadores e estudantes interessados em linguagem, tanto no campo da linguística quanto em interfaces com a saúde, com vistas ao tratamento de pessoas com TEA na questão da compreensão da linguagem figurada, com ênfase na metáfora.

Rodadas de Avaliação

AVALIADOR 1: Aline Aver Vanin

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9984-6043

FILIAÇÃO: Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

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AVALIADOR 2: Aline Jéssica Antunes

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5337-3458

FILIAÇÃO: Universidade do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, Brasil.

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RODADA 1

AVALIADOR 1

2024-01-29 | 04:33 PM

O artigo se propõe a realizar uma revisão da literatura acerca da compreensão metafórica por indivíduos diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA). A pesquisa tem apenas três estudos arrolados, e este número pode estar ligado aos descritores e aos critérios adotados: sugere-se, então, tentar descritores sinônimos e ampliar o escopo buscando estudos que não se limitem apenas ao português brasileiro, nem a estudos produzidos apenas no Brasil. Na seção de resultados, o texto busca e descreve a definição de metáfora e de TEA dos artigos revisados, e esta escolha metodológica pode ter levado a uma fuga do objetivo primeiro da pesquisa. Falta, ainda, uma seção de discussão para refletir sobre as implicações dos achados da pesquisa e sobre como estes respondem ao objetivo proposto. Encoraja-se a revisão destes itens e nova submissão à publicação.

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AVALIADOR 2

2024-03-18 | 08:28 PM

Os autores precisam apenas atentar a dois pontos:

- Caso opte por manter pronomes no abstract, sugiro adotá-los também no resumo (português). Se necessário, os autores devem revisar o abstract para impessoalizá-lo, assim como feito no resumo que o precede.

- É necessário padronizar a voz adotada no artigo. Ou utiliza-se a primeira pessoa do plural, ou utiliza-se a voz passiva.

Resposta dos Autores

DOI: https://doi.org/10.25189/2675-4916.2024.V5.N2.ID736.A

RODADA 1

2024-05-31

· Aos avaliadores: O parecer editorial sugeriu alterações de cunho gramatical no texto, sem que houvesse qualquer alteração no conteúdo deste. Foram sugeridas alterações no resumo (inglês e português), no resumo para não especialistas, na seção de metodologia e na seção de discussão dos resultados. As alterações envolveram concordância verbal, exclusão de palavras e padronização e explicitação de termos. Todas as alterações foram aceitas, pois entende-se que contribuem para uma maior legibilidade do artigo.

How to Cite

CONY, I. Metaphor Comprehension by ASD Individuals: An Integrative Review. Cadernos de Linguística, [S. l.], v. 5, n. 2, p. e736, 2024. DOI: 10.25189/2675-4916.2024.v5.n2.id736. Disponível em: https://cadernos.abralin.org/index.php/cadernos/article/view/736. Acesso em: 29 jun. 2024.

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