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Literature Review

Linguistic-Cognitive Categorization in Aphasia and Dementia: An Integrative Review

Samara Hellenn Juvito da Costa

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https://orcid.org/0009-0009-9627-3655

Jan Edson Rodrigues Leite

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https://orcid.org/0000-0001-9054-0673


Keywords

Categorization
Aphasia
Dementias
Integrative review

Abstract

The aim of this study is to investigate how the categorization process takes place in individuals with aphasia and dementia from the perspective of cognitive linguistics. To do this, we carried out an integrative review of 25 scientific articles that used experimental scientific methodology to discuss the subject. The “methodology”, “results” and “discussion” sections of each article reviewed served as the main sources of results for discussing the topic. The view of category adopted in this work is that of Rosch (1978) and Lakoff (1987) and for studies on aphasia, we adopted Ortiz (2010) and Mansur and Radanovic (2003). Among the results obtained after the review, 10 types of linguistic categorization were found among 3 main types of dementia, 2 main types of aphasia and other general ones, following methodological steps specific to each work or similar when the articles dealt with the same type of category. The results of this study conclude that, for the most part, individuals with aphasia or dementia suffer a greater or similar cost to the typical population in the production and comprehension processes when they are categorizing, so having a cognitive deficit, specifically aphasia or dementia, can interfere with linguistic activities that require the use of neurocognitive work.

Resumo para não especialistas

Como pessoas com afasias e demências categorizam a realidade? Este artigo apresenta um panorama de estudos envolvendo diferentes tipos de categorização – um processo mental de classificar e compreender as informações sobre o mundo – em pessoas com afasias e demências. Afasias são distúrbios associados à linguagem, que causam dificuldades na produção da fala, na compreensão de enunciados, na leitura e na escrita, afetando assim nossa capacidade de comunicação e de interação social. Demências, por sua vez, são distúrbios neurocognitivos que levam à perda progressiva de funções como memória, linguagem, e raciocínio, e afetam nossa capacidade de realizar atividades diárias. Este trabalho estabelece a criação de um banco de dados sobre as principais pesquisas acerca de um processo mental utilizado no cotidiano das pessoas, esclarecendo como os comprometimentos cognitivos influenciam nossa compreensão e expressão linguística. Para isso, nós realizamos uma revisão integrativa de 25 artigos científicos que utilizaram a metodologia científica experimental na discussão do tema. Isto é, analisamos somente artigos que possuíam uma metodologia experimental, envolvendo participantes, métodos, procedimentos e os principais resultados da pesquisa. Dentre os principais resultados da nossa revisão, podemos concluir que, em grande maioria, os indivíduos afásicos e com demência apresentam um custo maior do que a população típica (população sem déficits cognitivos) para a realização de tarefas de produção e compreensão linguística quando estão categorizando. Logo, apresentar um déficit cognitivo, especificamente, uma afasia e demência pode interferir em atividades de ordem linguística que requerem o uso de habilidades neurocognitivas.

Introdução

Uma comunidade de falantes de uma língua dispõe de diferentes formas de comunicação e de produção de sentido, sejam elas de forma escrita ou pela própria fala (linguagem verbal) ou por símbolos, imagens e gestos (linguagem não-verbal). A Linguística investiga os diversos fenômenos da línguas que envolvem não só os modos de compartilhar sentidos por meio das atividades verbais, mas também as características da interação social entre os falantes nos contextos sociocomunicativos e os mecanismos de representação das informações e dos significados nas atividades mentais dos falantes. A Linguística Cognitiva (LC), por exemplo, estuda a relação entre a língua e o mundo mediados pela cognição (Ferrari, 2018, p.14). Martelotta (2018, p.16-20) considera diversas características associadas à capacidade linguística humana, como sua base neurobiológica e sua influência na comunicação verbal, além da cognição como mediadora das relações linguísticas entre o ser humano e o meio social. Rodrigues (2010, p.40) discute a natureza social da cognição considerando a relação entre as operações mentais e os contextos sociais, culturais, históricos e intencionais. Ao propor uma visão sociocognitiva da linguagem, a LC avaliza a interface entre os estudos da linguagem e as áreas de conhecimento que têm interesses comuns, como a psicologia, a neurociência, a filosofia, entre outras. Nessas relações interdisciplinares, é possível investigar a atividade linguística integrada a outros domínios da cognição, como a percepção, a memória, a espacialidade, os sistemas motores etc.

Este trabalho visa, portanto, a analisar como a literatura científica descreve o fenômeno da categorização em pessoas acometidas de afasias e demências, bem como entender quais são as eventuais caracterizações dessa atividade linguístico-conceptual entre essas populações clínicas. Nossa hipótese prediz que indivíduos acometidos de afasias e demências possuem mais dificuldades de compreensão e de produção no processo de categorização do que a população típica. A divisão deste trabalho busca contemplar os principais conceitos sobre o processo categorial, as afasias e demências, bem como trazer os principais resultados e discussão dos artigos revisados.

1. Categorização, protótipos e MCIS

A Linguística Cognitiva representa uma teoria conceptual da língua que trata da construção do sentido como um processo que não está somente na palavra, mas igualmente no pensamento e na experiência dos seres humanos. Os diversos estudos desenvolvidos dentro dessa corrente teórica abordam a significação na língua e na cognição, a partir de mecanismos como: a categorização, os protótipos, os esquemas de imagem, os frames e scripts, as metáforas e metonímias conceptuais, a integração de espaços mentais (Fauconnier, 1994; Fillmore, 1982; Lakoff e Johnson, 1980; Langacker, 1987). Neste trabalho, discutimos as principais contribuições da teoria da categorização e dos protótipos aos estudos linguísticos.

A teorização sobre o processo de categorização tem sido proposta a partir de diferentes abordagens, entre as quais citamos a teoria clássica de Aristóteles (384 a.C - 322 a.C), a teoria pragmática de Wittgenstein que pode ser entendida a partir de Condé (1998), a teoria sociolinguística de Labov (1973) e, por fim, a teoria cognitiva presente nos estudos de Rosch (1975,1978), Rosch et al (1976) e Lakoff (1987), entre outros.

A categorização, grosso modo, é considerada uma atividade cujo objetivo principal é agrupar itens com características semelhantes. Portanto, é uma atividade corriqueira na vida do ser humano, uma vez que, ele está sempre organizando informações sobre as coisas, desde objetos até atividades. Rosch desenvolveu estudos sobre a base psicológica das cores focais, os quais levaram-na a investigar os efeitos da prototipicidade no processo da categorização. Para Rosch (1978) são considerados dois princípios básicos para a formação das categorias:

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O primeiro tem a ver com a função dos sistemas de categorias e afirma que a tarefa dos sistemas de categorias é fornecer o máximo de informação com o mínimo esforço cognitivo; a segunda tem a ver com a estrutura da informação assim fornecida e afirma que o mundo percebido surge como informação estruturada e não como atributos arbitrários ou imprevisíveis. (Rosch, 1978, p. 28).

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A autora apresenta as implicações do que ela considera as dimensões horizontal e vertical das categorias, isto é, os níveis de inclusão. A dimensão horizontal se apresenta como os níveis de inclusão de um item a determinada categoria e a divisão dos itens na mesma categoria. É o que ela discute como nível de prototipicidade (o quanto que um item é considerado mais ou menos pertencente a uma determinada categoria). Rosch e Mervis (1975, p. 574), analisaram os princípios que permitem a formação dos protótipos. Dentre os principais estão: quanto mais prototípico for um membro da categoria, mais atributos ele terá em comum com outros membros da categoria e menos atributos ele terá em comum com categorias contrastantes; diferentemente das categorias que são formadas para maximizar os agrupamentos de atributos ricos em informações no ambiente, os protótipos se formam por meio da semelhança familiar.

Dentre as diversas áreas de estudo da LC, a teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados (MCIs) se integra à teoria da categorização e aos protótipos de Rosch (1975,1978). Lakoff (1987) em “Women, fire and dangerous things: What Categories Reveal about the Mind” pensa que a categorização é algo intrínseco à vida humana, e situações cotidianas tornam-se exemplos concretos de que as pessoas estão continuamente categorizando

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Ao nos movimentarmos pelo mundo, categorizamos automaticamente pessoas, animais e objetos físicos, tanto naturais quanto feitos pelo homem. Isso às vezes leva à impressão de que simplesmente categorizamos as coisas como elas são, que as coisas vêm em tipo naturais e que nossas categorias mentais se ajustam naturalmente aos tipos de coisas que existem no mundo. (Lakoff, 1987, p.6)

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Entretanto, ao lançar essa visão de categorização, Lakoff também passa a considerar o processo categorial como atividade integrada à outros conceitos da LC, tais como a atividade motora e cultural, metáfora, metonímia e imagens mentais (Lakoff, 1987, p.8). Isso é o que o autor trata como Modelo Cognitivo Idealizado (conjunto de informações idealizadas, as quais partem de três princípios: estrutura proposicional, esquemas imagéticos e esquemas metafóricos e metonímicos).

2. Afasias e demências

A linguagem está presente na vida do ser humano desde as primeiras fases de sua vida, desde os primeiros inputs auditivos e dos primeiros balbucios e palavras enunciadas. Junto ao desenvolvimento da atividade linguística ocorre o desenvolvimento neurocerebral, isto é, com o decorrer dos anos, o cérebro passa por diversos estágios de maturação. Os primeiros estudos sobre a base neural da linguagem iniciaram a partir dos casos clínicos de Pierre Broca (1824-1880) e Carl Wernicke (1848-1905) que apresentavam falhas em atividades de produção e compreensão linguística e cujas respectivas causas estavam associadas a lesões em determinadas regiões do cérebro.

A atividade linguística passa a ser considerada um processo que ocorre em diferentes regiões do cérebro, desde a decodificação de sons até a produção de fala, e em cada uma dessas regiões são encontradas atividades/funções diferentes. Exemplo são: a percepção, compreensão, reprodução etc. Ademais, o processamento linguístico leva em consideração os três principais conhecimentos: fonológico, semântico e o sintático (Ortiz, 2010) que ocorrem em diferentes regiões do cérebro. Acerca do conhecimento fonológico, ele acontece nas regiões anteriores e posteriores do cérebro, em especial, nos lobos frontal, temporal e parietal por meio de um circuito funcional fonológico. O processamento léxico-semântico atinge áreas cerebrais extensas, anteriores e posteriores, por abranger diferentes processos. Por fim, o processamento sintático é associado a áreas cerebrais anteriores, como por exemplo o córtex frontal inferior, porém pode ser identificado em outras áreas devido sua atuação conjunta ao processamento semântico.

Compreendida a relação entre linguagem e neuroanatomia cerebral, temos os casos das afasias que, são costumeiramente definidas com um um distúrbio linguístico que afeta os processos de compreensão e produção linguísticos, como também podem ser consideradas distúrbios de linguagem que são ocasionados devido a lesões cerebrais (Beber, 2019; Lent, 2004), sem necessariamente estarem associados a lesões na musculatura facial. Ortiz (2010) apresenta definição semelhante à de outros autores, entretanto, afirma que esses distúrbios também alteram outros processos cognitivos, como a percepção e memória. Por fim, McNeil e Doyle (2000, p.154-156) pensam na afasia como distúrbio que afeta a linguagem e não um distúrbio de linguagem.

Tratando-se de classificações, as afasias podem ser nomeadas podem ser divididas em várias. Senna e Gomes (2017) classificam-as de acordo com os tipos de manifestações linguísticas, como: anomia, ecolalia, agramatismo, jargão, etc. Mansur e Radanovic (2003), de forma geral, classificam as afasias em lesões anteriores (frontais), lesões posteriores (temporais / parietais) e lesões combinadas (fronto-parieto-temporais). Já Ortiz (2010) toma como critério de classificação os níveis entre déficit de compreensão e expressão, são as afasias “emissivas”, “receptivas” e mistas.

Portanto, com base nesses principais conceitos do processo de categorização e das afasias, é possível perceber como a atividade categorial está relacionado aos diversos processamentos linguísticos, e, concomitante, à atividade neurocerebral, visto que processamento e seleção das informações linguísticas são etapas que antecedem ou ocorrem durante as atividades de compreensão e produção da linguagem realizadas pelo ser humano.

3. Metodologia

A metodologia adotada neste trabalho foi a revisão integrativa. Ao todo foram selecionados 28 artigos científicos, mas somente 25 contemplaram nossos critérios de escolha, que foram: apresentar algum dos descritores da pesquisa e possuir metodologia experimental. Durante a seleção dos artigos, não foram encontrados artigos em língua portuguesa que aderissem aos critérios, sendo selecionados 23 artigos em língua inglesa e 2 artigos em língua espanhola. Os termos de busca desses trabalhos foram: “categorização em afásicos” (categorization in aphasics, categorización en afásico), “categorização e déficits cognitivos” (categorization and cognitive deficits, categorización y déficits cognitivos), “categorização e desenvolvimento cognitivo” (categorization and cognitive development, categorización y desarrollo cognitivo), “categorização e cérebro” (categorization and brain, categorización y cerebro), “categorização de objetos em afásicos” (object categorization in aphasics, categorización de objetos en afásicos). A pesquisa foi realizada por meio da análise das bases de dados ScienceDirect, ResearchGate, PubMed, Scielo, Capes, Sucupira e Lilacs, sendo que somente as quatro primeiras apresentaram trabalhos contemplados por nossos critérios de busca.

Após a seleção, realizamos a leitura analítica dos 25 artigos para a coleta das seguintes informações: (1) quais são os tipos de categorização, (2) quais são os tipos de déficit, (3) quais teorias os artigos se filiam, (4) como é explanada a metodologia experimental, (5) quais são os resultados e discussão, (6) quais são as conclusões gerais de cada artigo e suas relações com a LC.

4. Resultados e Doiscussão

Após a seleção, leitura e fichamento dos artigos foram encontrados estudos envolvendo os seguintes tipos de categorização: prototípica, semântica, fonética, por regras e similaridade, por baixa dimensão, de objetos, estímulos (domínio perceptivo e semântico), de verbos, não verbal, gramatical e os seguintes tipos de afasias: Broca, Wernicke, Alzheimer, Demência frontotemporal, Acidente Vascular Cerebral (AVC) outras afasias (condução, motora e sensitiva, anômica, fluentes e não fluentes posteriores e anteriores, progressiva primária). A discussão dos artigos foi feita a partir do tipo de categorização, em paralelo com os tipos de afasias, demências ou déficit cognitivo e suas principais discussões que estão presentes nos quadros abaixo.

Figure 1. Quadro 1. Listagem de trabalhos a partir do tipo de categorização e tipos de afasias e demências. Fonte: Os autores, 2025.

No Quadro 1, tem-se uma catalogação dos trabalhos revisados levando em consideração os principais tipos de categorização encontrados e os seus respectivos tipos de afasias e demências. A maioria dos tipos categoriais encontrados têm como quantidade de 1 a 3 artigos, diferentemente da categorização semântica, que se destacou com a produção de 9 trabalhos envolvendo diferentes quadros afásicos e da demência de Alzheimer. Acerca dos principais quadros clínicos encontrados (tipos de afasias e demências), ocorre uma preferência dos autores dos trabalhos em utilizar como classificação: as afasias fluentes e não fluentes, bem como as de Broca e Wernicke, conhecidas, respectivamente, como afasia de produção e compreensão. Por último, tem-se os trabalhos que analisaram o processo da categorização em demências, tendo destaque as demências frontotemporais e, principalmente, a demência de Alzheimer, abordada na maioria dos estudos sobre categorização semântica e por regras e similaridade.

Figure 2. Quadro 2. Listagem de trabalhos a partir do tipo de categorização e suas principais discussões. (Parte 1) Fonte: Os autores, 2025.

Figure 3. Quadro 2. Listagem de trabalhos a partir do tipo de categorização e suas principais discussões. (Parte 2) Fonte: Os autores, 2025.

O Quadro 2, diferentemente do Quadro 1, traz os principais resultados e discussões de cada um dos 25 artigos selecionados. Dentre esses resultados, vale destacar informações sobre: as eventuais relações entre o tipo de categorização com os quadros clínicos investigados; quais testes foram utilizados na análise do objeto de estudo; correlações entre os resultados obtidos com a parte semiológica dos quadros clínicos pesquisados. Acerca da primeira informação, tem-se que pessoas com afasias e demências possuem um custo neurocognitivo maior em relação às populações típicas durante a tarefa principal de categorização das pesquisas. A segunda informação é evidenciada pela escolha de testes de nomeação e de acesso lexical durante a investigação do fenômeno da categorização. Por fim, a terceira informação diz respeito, principalmente, ao aspecto do comprometimento da memória semântica em pessoas com Alzheimer, o qual repercutiu negativamente na realização da tarefa de categorização semântica.

Os quadros 1 e 2 foram elaborados a fim de elucidar melhor sobre o objeto de estudo deste trabalho de forma que seja possível compreender, em primeiro plano, quais são os principais tipos de categorização linguística cognitiva trabalhados até o momento, bem como essa sendo analisada e discutida em pessoas com algum déficit cognitivo. A vasta variedade de trabalhos encontrados, além de moldar um acervo interessante sobre o tema, traz discussões pertinentes sobre o fenômeno estudado e como ele pode ser tratado em quadros clínicos diferentes. Isso se dá, principalmente, pelas informações iniciais que se sabe sobre a afasia ou demência, como também seus tipos específicos. Algumas hipóteses dos trabalhos analisados tiveram como predição a de que pessoas com algum comprometimento cognitivo apresentariam custos maiores durante a realização da atividade neurocognitiva (categorização), uma vez que, é parte da semiologia de algumas afasias e demências um comprometimento em atividades de ordem linguística. Entretanto, alguns trabalhos obtiveram como resultados, diferenças significativas entre dois grupos diferentes de afásicos, como por exemplo, os fluentes e não fluentes; como também, foram encontrados um “equilíbrio” nos resultados. Isto é, alguns trabalhos evidenciaram pontos positivos e negativos sobre o grupo clínico investigado, levando em consideração os impactos desses pontos na análise da categorização.

5. Considerações finais

Pode-se concluir que sujeitos diagnosticados com algumas classificações de afasias ou déficit cognitivo possuem os níveis de compreensão e produção linguísticos comprometidos durante a realização de uma tarefa ou teste de categorização. Na revisão realizada, foram encontradas pesquisas sobre 5 tipos principais de afasias e outras gerais e 10 tipos de categorização. Dentre esses números, vale destacar, em nível de déficit cognitivo, os trabalhos sobre a Doença de Alzheimer, Demência Frontotemporal e as afasias fluentes e não fluentes. Já sobre os tipos de categorização, foram encontrados em nível linguístico, tais como: verbal e não verbal, fonética, gramatical, e em nível linguístico cognitivo destacam a categorização semântica, de estímulos, baixa dimensão e prototípica. A hipótese que predizemos é corroborada a partir da discussão das principais informações extraídas pela revisão dos artigos, as quais revelam um desempenho pior ou igual de um sujeito com afasia comparado a um sujeito típico. Por fim, vale ressaltar as relações entre o processo da categorização linguístico-cognitiva e as afasias e demências que são exemplificadas pelos estudos tratando, especialmente, a categorização prototípica e semântica em indivíduos com DA, AVC ou demência frontotemporal. Ademais, esses quadros clínicos apresentam como principais características comprometimento na memória e conhecimentos semânticos, e, consequentemente, em atividades de ordem linguística que requerem uso desses conhecimentos.

Nosso trabalho vem agregar aos estudos da Linguística Cognitiva ao construir uma abordagem de estudo na compreensão do tema, ou seja, criar uma base de dados que permita acessar os estudos feitos sobre o tema até agora, como também reforçamos a continuidade de pesquisas na área, principalmente com trabalhos em língua portuguesa, uma vez que, na revisão dos 25 artigos escolhidos, não houve trabalhos sobre o tema nessa língua cuja abordagem fosse experimental.

Informações Complementares

Conflito de Interesse

Os autores declaram não ter interesses conflitantes.

Declaração de Disponibilidade de Dados

O compartilhamento de dados não se aplica a este artigo, pois nenhum dado novo foi criado ouanalisado neste estudo.

Declaração de Uso de IA

Os autores declaram que nenhuma ferramenta de IA foi usada na criação deste manuscrito ou emqualquer aspecto da pesquisa relatada nele.

Referências

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Apêndice

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Avaliação

DOI: https://doi.org/10.25189/2675-4916.2025.V6.N5.ID848.R

Decisão Editorial

EDITOR 1: Tiago de Aguiar Rodrigues

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5120-0908

AFILIAÇÃO: Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Brasil.

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EDITOR 2: Dermeval da Hora Oliveira

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9303-5664

AFILIAÇÃO: Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Brasil.

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EDITOR 3: Alvaro Magalhães Pereira da Silva

ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1980-9750

AFILIAÇÃO: Instituto Federal de Sergipe, Sergipe, Brasil.

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EDITOR 4: Erivaldo Pereira do Nascimento

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4595-1550

AFILIAÇÃO: Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Brasil.

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CARTA DE DECISÃO: Escrevemos para informar que seu artigo, "CATEGORIZAÇÃO LINGUÍSTICO-COGNITIVA NAS AFASIAS E DEMÊNCIAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA", foi aceito para publicação na nossa revista, com base nas avaliações positivas dos pareceristas. Gostaríamos de parabenizá-los pelo excelente trabalho. Ambos os avaliadores destacaram a relevância e o potencial de sua pesquisa, ressaltando o tema instigante e a estrutura bem organizada do texto, que atende aos padrões da escrita científica. O propósito do artigo foi considerado interessante e necessário, apresentando um panorama sobre o tema de forma clara e acessível, inclusive para leitores não especializados.

Rodadas de Avaliação

AVALIADOR 1: Marianne Carvalho Bezerra Cavalcante

ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1409-7475

AFILIAÇÃO: Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Brasil.

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AVALIADOR 2: Marcos Helam Alves da Silva

ORCID: https://orcid.org/0009-0005-1742-0188

AFILIAÇÃO: Universidade Estadual do Piauí, Piauí, Brasil.

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RODADA 1

AVALIADOR 1

2025-07-23 | 03:45 PM

A proposta do artigo é muito produtiva, a temática é instigante. Sua estrutura e escrita atende aos pressupostos da escrita científica. Sugere-se que sejam acrescentados comentários análiticos dos quadros 1 e 2 do texto, pois os mesmos não são autoexplicativos.

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AVALIADOR 2

2025-08-25 | 10:56 AM

O trabalho possui um propósito interessante e necessário. Elabora de forma organizada e sistemática o que se diz sobre a categorização em indivíduos com algum tipo de afasia ou demência. Além de se configurar como um tema da Linguística é uma temática de interesse geral e da forma como foi apresentado possibilita a compreensão a um leitor não especializado, que deseja, no entanto, saber sobre o tema.

O artigo apresenta uma proposta relevante e necessária: tentar elaborar uma visão mais ampla do processo de categorização em indivíduos acometidos por afasias e demências. A categorização, aqui, é compreendida nos termos da Linguística Cognitiva, especialmente, a partir dos trabalhos de Lakoff (1987). O trabalho se propõe a fazer uma espécie de cartografia dos estudos que evocam a categorização, de modo muito particular, no contexto das afasias, o que o torna por demais relevante tendo em vista a pujança da temática, e, sobretudo, porque um trabalho dessa natureza se propõe a preencher uma lacuna de apresentar de forma organizada e sistemática o que se diz sobre o tema.

Resposta dos Autores

DOI: https://doi.org/10.25189/2675-4916.2025.V6.N5.ID848.A

RODADA 1

2025-09-11

A Cadernos de Linguística,

Eu, Samara Hellenn Juvito da Costa, estou de acordo com a decisão tomada pelos pareceristas após a revisão do meu manuscrito, bem como envio a versão a ser publicada já com as edições sugeridas pelos revisores.

How to Cite

JUVITO DA COSTA, S. H.; LEITE, J. E. R. Linguistic-Cognitive Categorization in Aphasia and Dementia: An Integrative Review. Cadernos de Linguística, Campinas, SP, Brasil, v. 6, n. 5, p. e848, 2025. DOI: 10.25189/2675-4916.2025.v6.n5.id848. Disponível em: https://cadernos.abralin.org/index.php/cadernos/article/view/848. Acesso em: 31 dec. 2025.

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