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Relato de Pesquisa

A retomada da língua Kali’na Telewuyu

Evangelina Sonia dos Santos Jeanjacque

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https://orcid.org/0000-0003-2023-8385

Evilania Bento da Cunha

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https://orcid.org/0000-0001-5031-599X

Nicole Sthefany Lod da Silva

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https://orcid.org/0000-0003-3583-3208

Kassia Angela Lod Moraes Galiby

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https://orcid.org/0000-0003-2818-7316

Gelsama Mara Ferreira dos Santos

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https://orcid.org/0000-0003-0222-1280


Palavras-chave

Kali’na Telewuyu
Documentação de Línguas
Língua Indígena

Resumo

O povo Galibi Kali’na encontra-se em toda a costa caribenha, desde a Venezuela até o Brasil. Os Galibi Kali’na do Oiapoque migraram para o Brasil na década de 1950. Hoje, é uma população de aproximadamente 93 indivíduos, dos quais uma parte vive na aldeia São José dos Galibis, Terra Indígena Galibi, Município do Oiapoque, Estado do Amapá, e outra parte está espalhada pelo Norte e Nordeste do Brasil. Desse total, aproximadamente 15 indivíduos falam a língua kali’na Telewuyu, pertencente à família linguística Karib. A terceira geração tem como língua materna o Português. O objetivo desse trabalho é apresentar os primeiros resultados do projeto de extensão “Kali’na na escola: uma construção colaborativa de material didático em língua kali’na”. O projeto promoveu capacitação em métodos e técnicas de Documentação Linguística de jovens Kali’na a partir de oficinas de capacitação em manuseios de equipamentos para áudio e vídeo; formação em programa de transcrição e tradução (Moore et al., 2016; Santos & Silva, 2020; Campetela et al, 2017). Conseguimos documentar em áudio e vídeo narrativas em língua kali’na; algumas estão transcritas e traduzidas para o português. Pretendemos apresentar os efeitos produzidos dessa iniciativa de revitalização, a partir de um trabalho colaborativo, e como os jovens Kali’na, depois dessa ação, estão reagindo para retomar e fortalecer a língua Kali’na Telewuyu.

Resumo para não especialistas

O povo Galibi Kali’na encontra-se em toda a costa caribenha, desde a Venezuela até o Brasil. Os Galibi Kali’na do Oiapoque migraram para o Brasil na década de 1950. Hoje, é uma população de aproximadamente 93 indivíduos, dos quais uma parte vive na aldeia São José dos Galibis, Terra Indígena Galibi, município do Oiapoque, estado do Amapá, e outra parte está espalhada pelo norte e nordeste do Brasil. Desse total, aproximadamente 15 indivíduos falam a língua Kali’na Telewuyu, pertencente à família linguística Karib. A terceira geração tem como língua materna o Português. O objetivo desse trabalho é apresentar os primeiros resultados do projeto de revitalização da língua que promoveu capacitação em métodos e técnicas de documentação linguística de jovens Kali’na a partir de oficinas de capacitação em manuseios de equipamentos para áudio e vídeo; formação em programa de transcrição e tradução. Conseguimos documentar em áudio e vídeo narrativas em língua Kali’na; algumas estão transcritas e traduzidas para o português. Pretendemos apresentar os efeitos produzidos dessa iniciativa de revitalização, a partir de um trabalho colaborativo, e como os jovens Kali’na, depois dessa ação, estão reagindo para retomar e fortalecer a língua Kali’na Telewuyu.

Introdução

Os Galibi Kali’na do Oiapoque migraram para o Brasil na década de 1950. Hoje, são cerca de 93 indivíduos, sendo que uma parte vive na aldeia São José dos Galibis, Terra Indígena Galibi, município do Oiapoque, estado do Amapá, e outra parte está espalhada pelo norte e nordeste do Brasil. Desse total, aproximadamente 15 indivíduos ainda falam a língua Kali’na Telewuyu, pertencendo à segunda geração que tinham a língua Kali’na como primeira língua e o português como segunda língua. Hoje, são essas pessoas que trazem a língua na memória e fazem uso quando encontram os parentes que vêm da Guiana pois, a língua de comunicação é o Kali’na, uma vez que a língua nacional da Guiana é o francês, no Brasil, é o português. A terceira geração tem como língua materna o português. A língua kali’na pertence à família linguística Karib. O povo denominado Galibi Kali’na, vive na Terra Indígena Galibi, em uma única aldeia chamada São José dos Galibis, que fica às margens do rio Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa.

Figure 1. Figura 1. Mapa de localização da Terra Indígena Galibi Fonte: CUNHA, Evilania Bento da. 2022

A comunidade escolheu se estabelecer na fronteira, o que lhes permitem estar do outro lado, e ao mesmo tempo, circular em ambientes que trazem a memória de suas origens.

Figure 2. Figura 2. Vista aérea da aldeia Galibi e rio Oiapoque ao fundo Fonte: Marcelo Domingues, 2022

Figure 3. Figura 3. Rampa de chegada na aldeia Fonte: Marcelo Domingues, 2022

O objetivo deste trabalho é apresentar os primeiros resultados do projeto de extensão “Kali’na na escola: uma construção colaborativa de material didático em língua Kali’na”. O projeto promoveu capacitação em métodos e técnicas de documentação linguística de jovens kali’na, a partir de oficinas de capacitação em manuseios de equipamentos para áudio e vídeo; formação em programa de transcrição e tradução (MOORE et al., 2016; FRANCHETTO, 2017; SANTOS & SILVA, 2020; CAMPETELA et al, 2017). Conseguimos documentar em áudio e vídeo narrativas em língua Kali’na - algumas estão transcritas e traduzidas para o português. Pretendemos apresentar os efeitos produzidos por essa iniciativa de revitalização, bem como os jovens, após essa ação, estão reagindo para retomar e fortalecer a língua Kali’na Telewuyu.

1. 1. A língua Kali’na

A língua Kali’na Telewuyu é falada pelo povo, que tem o mesmo nome, Kali’na Telewuyu, desde a Venezuela até o Brasil, passando pela Guiana, Suriname e Guiana Francesa, como mostra o mapa de presença dos Kali’na no Platô das Guianas.

Figure 4. Figura 5. Mapa da presença do povo Kali’nã no Platô das Guianas Fonte: CUNHA, Evilania Bento da. 2022

Em uma pesquisa sobre as línguas da Guiana e as línguas falada na Guiana, os pesquisadores (LÉGLISE et al., 2013)[1] apontam:

-

Pessoas que se definem ou são reconhecidas como kali'na estão entre

aproximadamente 20.000. Elas estão espalhadas por vários países:

– metade na Venezuela, onde apenas 30% são falantes da língua;

– 3.000 na Guiana, 80% dos quais são falantes (Forte 2000);

– 3.000 também no Suriname, 50% dos quais são falantes (Boven e Morroy 2000);

– cerca de 4.000 na Guiana Francesa, mas o número de falantes é menor,

sem estimativa (Renault-Lescure 2009);

– e 28 falantes no Brasil (Instituto Socioambiental 2008).

-

O povo Kali’na que veio para Brasil na década de 1950 foi se adaptando ao novo território e, nesse processo, foi adquirindo a língua portuguesa como estratégia para se inserir na sociedade brasileira. Mesmo que até a segunda geração mantivesse a língua materna, o Kali’na, como língua de uso diário, foi aos poucos, com a chegada da terceira geração, sendo menos usado e substituído pelo português. Com a chegada da escola, o domínio da língua materna passou a ser restrito, assim foi sendo silenciada, com espaço delimitado para uso. Hoje, são cerca de 93 indivíduos, desse total, apenas 15 ainda falam a língua Kali’na.

Por outro lado, o processo de escolarização dos Kali’na da Guiana Francesa é muito recente. De acordo com (TIOUKA, 2003, p. 6), somente em 1984 foi feita a primeira grafia Kali’na e somente em 1997 foi formalizada na Guiana Francesa. A partir daí, foi criado um grupo de trabalho para estudar a língua e a cultura Kali’na. Por conta disso, os Kali’na que vieram na década de 1950 não tiveram acesso à grafia Kali’na, visto que esta grafia tem pouco mais de 20 anos foi construída com base na ortografia da língua francesa.

Hoje, a situação linguística dos kali’na do Brasil é um silenciamento gradual, seja pela substituição voluntária da língua kali’na, ou seja, através de óbito. Há muitos fatores que contribuem para o aceleramento de silêncio. Por ser uma população pequena, há muitos casamentos com indígenas de outras etnias ou com não indígenas. A escola implantada na aldeia foi para fortalecer a língua portuguesa, desde a alfabetização até o ensino fundamental. Os jovens precisam sair da aldeia para morar na cidade para dar continuidade aos seus estudos. Por tudo isso, a língua Kali’na precisa de suporte para que ela seja apresentada às gerações seguintes Kali’na.

Assim, o projeto de extensão propôs documentar a língua através de narrativas contadas pelos poucos Kali’na que moram no Brasil. Essas narrativas compõem um banco de dados inicial para futuras iniciativas de retomada da língua falada e escrita pelo povo Kali’na Telewuyu.

2. Primeiros passos para retomada da língua Kali’na: relato de um projeto de extensão.

A partir do projeto de extensão “Kali’na na escola: uma construção colaborativa de material didático em língua Kali’na”, iniciamos um processo de capacitação em documentação linguística e cultural dos jovens para documentar e registrar a língua Kali’na telewuyu, a língua dos nossos antepassados.

Ainda não existem dados consolidados sobre o grau de vitalidade da língua falada pelos 15 indivíduos Kali’na. Portanto, o primeiro passo foi levantar o quantitativo de Kali’na espalhados pelo Brasil, onde estão e se falam a língua. Essas informações vieram com o projeto de Iniciação Científica da bolsista Ângela Kassia Moraes Lod Galiby - que também é Kali’na. (GALIBY, 2019).

Hoje, somente a segunda geração pós migração, que é composta de 15 indivíduos, ainda fala a língua materna. Boa parte das pessoas que realizou a migração em 1950 já não está mais viva. A terceira geração de Kali’na é falante de português como primeira língua, havendo um corte geracional de transmissão da língua e da cultura, ocasionando assim, a perda gradativa de uma memória e de toda a nossa história. Com o grande contato com outros povos originários da região, a proximidade com a cidade e casamentos interétnicos, o português passou a ser a língua de comunicação em todos os espaços da aldeia, inclusive dentro da escola.

Todo o processo de migração dos Kali’na é passado de geração em geração, como forma de manter viva a memória de todos que trabalharam e construíram uma nova história deste povo, como forma de resistência. Nós, da terceira geração, estamos tentando manter essa prática, mas agora, utilizando a tecnologia a nosso favor. Estamos buscando parcerias para salvaguardar o que ainda temos na memória viva dos nossos pais, tios e avós.

Para fazer o levantamento quantitativo de Kali’na espalhados pelo Brasil, onde estão e se falam a língua, criamos um questionário para ser aplicado. A busca pela localização dos nossos parentes foi marcada por vários eventos. Primeiro, a coleta dos dados foi prejudicada pela pandemia, o que impossibilitou o movimento de encontros com os mais idosos para conversar sobre o paradeiro dos outros parentes. Segundo, a dificuldade de acessar memórias que por muito tempo estão guardadas. Mas, a partir de conversas por telefone foi possível conversar com algumas pessoas e ter uma primeira visão da situação da distribuição geográfica e da situação linguística dos Kali’na (GALIBY, 2020).

Na aldeia Galibi, residem 16 Kali’na; no município de Oiapoque, moram 31 Kali’na, divididos em dez famílias; em Macapá, no estado do Amapá, são 33 pessoas divididas em 6 famílias; em Belém, no estado do Pará, são 9 Kali’na divididos em 3 famílias; em Natal, no Rio Grande do Norte, uma família de 4 indivíduos.

Após a aplicação do questionário, os dados foram tabulados, resultando na tabela abaixo:

Figure 5. Tabela 1: Censo dos Kali’na no Brasil Fonte: GALIBY, 2021

A partir da tabela, somamos um total de 93 indivíduos Kali’na. Desse total, somente 13 são falantes da língua Kali’na e se encontram na aldeia e na cidade de Oiapoque. Esses 13 falantes são da segunda geração pós-migração e estão na faixa etária de 50 a 60 anos. Mas, por não termos conseguido aplicar o questionário a todos os Kali’na, dos 13 falantes vamos adicionar mais 2, fazendo um total de 15, que sabemos que ainda falam a língua.

O projeto de extensão “Kali’na na escola: uma construção colaborativa de material didático em língua Kali’na”, tinha como metas: formar pesquisadores indígenas em metodologia de documentação a partir de oficinas de capacitação em programa de transcrição e tradução de eventos de fala (ELAN); uso de equipamentos para gravar áudio e vídeo; armazenamento de acervo; além de propor uma construção da ortografia da língua Kali’na dos falantes que moram no Brasil.

A primeira oficina foi de uso de equipamentos para gravar áudio e vídeo. Ela foi ministrada pelo colaborador pesquisador indígena Davi Marworno. Os jovens pesquisadores indígenas aprenderam a manusear os aparelhos de áudio e vídeo, necessários para as gravações das entrevistas realizadas no projeto.

Figure 6. Figura 6. Equipamentos para oficina de documentação. Fonte: acervo do projeto kali’na

Figure 7. Figura 7. Jovens Kali’na aprendendo manuseio de equipamentos de documentação. Fonte: acervo do projeto kali’na

Após a oficina, cada pesquisador indígena ficou com um kit de gravador e filmadora, para realizar os registros das sessões de entrevistas com os falantes Kali’na que haviam concordado em participar do projeto.

Figure 8. Figura 8. Sessão de gravação com falante da língua Kali’na no Brasil. Fonte: acervo do projeto kali’na

A segunda oficina realizada foi a oficina do ELAN - programa utilizado para transcrever e traduzir os materiais gravados em áudio e vídeo que resultaram das sessões de gravações.

Figure 9. Figura 9. Jovens Kali’na em formação do programa ELAN. Fonte: acervo do projeto kali’na

Na oficina do ELAN, utilizamos as gravações realizadas nas sessões de entrevistas com os Kali’na. Esse exercício foi muito importante para os jovens Kali’na que nunca tinham tido contato com a escrita Kali’na, pois são falantes de português como primeira língua. Como vimos acima, a língua dos Kali’na do Brasil ainda não tem sua ortografia, portanto, utilizamos uma transcrição livre, baseada na ortografia do Português.

Figure 10. Figura 10. PrintScreen da tela do programa ELAN com transcrição do vídeo. Fonte: acervo do projeto kali’na

Figure 11. Figura 11. PrintScreen da tela do programa ELAN com transcrição do vídeo. Fonte: acervo do projeto kali’na

Esse exercício nos levou a trabalhar na perspectiva de criarmos uma ortografia para o Kali’na do Oiapoque. Para tanto, já iniciamos, nós, pesquisadores indígenas Kali’na, juntamente com professores da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), uma primeira proposta de ortografia. Em outubro e novembro de 2022, realizamos uma oficina, na qual participaram as falantes da língua Kali’na Cristina Lod e Teresa Lod, assim como as pesquisadoras indígenas Kali’na Kassia, Sonia, Nicole e Marcela. Nesta oficina, elicitamos dados para construção da primeira proposta de ortografia. As questões fonológicas encontradas são as mesmas descritas no sistema de escrita do Kali’na da Guiana Francesa. Estas questões estão sendo tratadas na perspectiva de uma construção de um sistema de escrita da língua Kali’na levando em consideração as suas especificidades, resultado do distanciamento físico e temporal com a língua Kali’na falada na Guiana Francesa.

Nesse primeiro momento, o resultado da proposta ortográfica está sendo analisado pela comunidade Kali’na para decidirmos coletivamente os grafemas que representarão a escrita da língua Kali’na do Oiapoque.

Com as oficinas realizadas, os pesquisadores indígenas e os colaboradores que fazem parte da equipe adquiriram formação em metodologias de documentação; aprenderam as técnicas de manuseio de equipamentos para gravação em áudio e vídeo; uso de programas de transcrição e tradução - conhecimentos que darão mais autonomia aos pesquisadores Kali’na na documentação de sua língua.

O projeto até o momento conseguiu construir um pequeno acervo de áudio e vídeo: sete arquivos de vídeo de 40 minutos; um arquivo de áudio de 6 minutos; três sessões transcritas em língua Kali’na e traduzidas para o português, no programa ELAN.

3. Considerações finais

Desde o período da migração até o ano de 2022 são quatro gerações deste povo, e os dados revelam que, a cada dia, estamos perdendo falantes da língua. Nesse sentido, nós - os Kali’na - estamos empenhados em criar estratégias e desenvolver ações para a revitalização e manutenção da língua. Estamos muito estimulados na documentação e revitalização da língua dos nossos pais. Pretendemos, quem sabe, um dia incluir a língua Kali’na na grade curricular da nossa escola e, assim, nossas crianças aprenderem o Kali’na falado por seus antepassados.

A partir de projetos propostos por professores da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), nós jovens Kali’na tivemos a oportunidade de participar ativamente de todo o processo, desde o início até os resultados que apresentamos em alguns eventos e neste artigo.

Informações Complementares

Conflito de Interesse

O(s) autor(es) não tem/têm conflitos de interesse a declarar.

Declaração de Disponibilidade de Dados

O compartilhamento de dados não é aplicável a este artigo, pois nenhum dado novo foi criado ou analisado neste estudo.

Referências

CAMPETELA, Cilene et al. Documentação linguística, pesquisa e ensino: revitalização no contexto indígena do norte do Amapá. Revista LinguíStica / Revista do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Vol. 13, N.1, p. 151-167, jan. 2017. https://revistas.ufrj.br/index.php/rl/index. Acessada em janeiro 2023.

CUNHA, Evilania Bento da. Dinâmica territorial do povo Kali’na de Oiapoque-AP. 2022. Tese (Doutorado em Geografia) - Programa de pós-graduação em Geografia, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022.

GALIBY, Kassia Angela Lod Moraes; SANTOS, Gelsama Mara F. Quantos são e onde estão os Kali’na do Brasil. In: LIVRO DE RESUMOS DO X CONGRESSO AMAPAENSE DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 2021, Macapá: UNIFAP, 2021. p. 148.

LÉGLISE, Isabelle et al. Langues de Guyane et langues parlées em Guyane. In book: Histoire sociale des langues de France, Publisher: Presses Universitaires de RennesEditors: Georg Kremnitz, (pp.671-682), January 2013.: https://www.researchgate.net/publication/263964121. Acessado em: janeiro 2023.

MOORE, D.; GALÚCIO A.V.; GABAS Jr, N. Desafio de documentar e preservar línguas. Revista Scientific American (Brasil), no. 3, Amazônia (A Floresta e o Futuro), p. 36-43, (setembro de 2008). http://www.etnolinguistica.org. Acessada janeiro 2023.

SANTOS, Gelsama. M. F.; SILVA, Glauber Romling. Duas ortografias, uma língua: as variedades Karipuna e Galibi-marworno do Kheuól do Uaçá. Revista Porto das Letras -, v. 6, p. 228-250, 2020. Dossiê Léxico e Dialetologia. https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/9860. Acessada em janeiro 2023.

TIOUKA, Felix. Na'na Kali´na t+wonumenkal+ melo'an ena. Oka.maG, Kourou - Guyane Française, nº 20, p. 6, 2003.

Avaliação

DOI: https://doi.org/10.25189/2675-4916.2023.V4.N2.ID697.R

Decisão Editorial

EDITOR 1: Ana Vilacy Moreira Galucio

ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0168-1904

FILIAÇÃO: Museu Paraense Emílio Goeldi, Pará, Brasil.

-

EDITOR 2: Ângela Fabíola Alves Chagas

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4925-1711

FILIAÇÃO: Universidade Federal do Pará, Pará, Brasil.

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CARTA DE DECISÃO: Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto.

Rodadas de Avaliação

AVALIADOR 1: Cilene Aparecida Nunes Rodrigues Nevins

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5324-7486

FILIAÇÃO: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

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AVALIADOR 2: Jorge Domingues Lopes

ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2211-8029

FILIAÇÃO: Universidade Federal do Pará, Pará, Brasil.

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RODADA 1

AVALIADOR 1

2023-09-09 | 16:04

Somente duas sugestões para reflexão:

1. Seria importante contextualizar, desde o início do relato, quais projetos que atendem a essa demanda, pois em diversos pontos se fala sobre "projetos de extensão" mas somente no final do relato descobrimos que são propostos por professores da Universidade Federal do Amapá e, mesmo assim, faltam referências sobre a conexão com Cursos e coordenadores desses projetos.

2. A definição do termo "jovens", principalmente nessa região do Brasil, pode se confundir com a noção do termo que se distribui por faixa etária. Seria interessante explicar um pouco mais sobre a oposição "jovens x antigos" e não "crianças, jovens, adultos, idosos". Até porque, nessa fase do trabalho, os jovens e os antigos estão participando concomitantemente de todo o processo, uma vez que os antigos são parte fundamental da vitalidade, são os maiores representantes da língua, sem eles não haveria processo e os "jovens" não estariam com essa maravilhosa oportunidade de revitalizar o uso linguístico para toda a comunidade Kali'na do Brasil.

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AVALIADOR 2

2023-09-20 | 22:46

Recomendo ter foco no objetivo do texto, pois o tratamento da metodologia acaba ofuscando a apresentação dos resultados. Evidenciar melhor como a pesquisa se integra a um projeto de extensão que envolve conhecimento linguístico e ação própria de uma política linguística. Por fim, sugir ajustar o emprego da pessoa do discurso no texto, principalmente no final, pois a escrita leva a pensar que todo o artigo foi elaborado somente por indígenas.

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RODADA 2

AVALIADOR 1

2023-10-14 | 11:49

As sugestões de revisão foram atendidas de forma satisfatória pelas autoras.

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AVALIADOR 2

2023-10-24 | 11:06

A única recomendação é padronizar a lista final de referências de acordo com as orientações das NBR-ABNT 6023.

Como Citar

JEANJACQUE, E. S. dos S.; CUNHA, E. B. da; SILVA, N. S. L. da; GALIBY, K. A. L. M.; SANTOS, G. M. F. dos. A retomada da língua Kali’na Telewuyu. Cadernos de Linguística, [S. l.], v. 4, n. 2, p. e697, 2023. DOI: 10.25189/2675-4916.2023.v4.n2.id697. Disponível em: https://cadernos.abralin.org/index.php/cadernos/article/view/697. Acesso em: 3 jul. 2024.

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